As 5 regras para escrever seu pitch

Todo empreendedor sabe como é importante o pitch, aquele discurso no qual você deve condensar os aspectos mais importantes do projeto que está apresentando. Escrevê-lo para internalizá-lo antes de explicá-lo aos interessados não é fácil: as ideias ficam confusas, chegam a se misturar, você precisa dar uma estrutura e ser breve, mas, ao mesmo tempo, dizer tudo o que deseja… Don’t panic, pois descobrimos cinco regras simples para escrever seu pitch e vamos falar sobre elas.

Essas são regras que a Amazon ensinou a seus funcionários e que podem ser resumidas em uma só: a brevidade é fundamental. Dê uma olhada e aplique-as ao seu pitch:

1. Use frases com menos de 30 palavras. Esse tipo de frase ajuda o ouvinte a não se perder (e a você também, ao dizê-las). Além disso, elas dividem as informações em partes facilmente digeríveis, para que sejam melhor assimiladas. Para conseguir isso:

• Concentre-se em uma ideia por frase.
• Evite expressões como “acho que” ou “devemos considerar”. Elas implicam em uma opção da qual seu interlocutor pode discordar. Substitua-as por “temos que”, algo que sinalize uma postura firme.
• Elimine qualquer coisa que seja estilística; não use seu pitch para estender sua marca pessoal. Haverá tempo mais tarde.

1. Substitua os adjetivos por dados. Palavras como “fantástico” ou “impressionante” são boas para publicidade, mas as regras para escrever um pitch dizem que é melhor aderir aos números, que indicam resultados reais e são mais específicos. Por exemplo, em vez de dizer “observamos um grande aumento na demanda por nosso produto”, tente dizer “a demanda por nosso produto aumentou em 40%”. Está vendo a diferença? Dessa forma, você permite que seus interlocutores cheguem à conclusão por si mesmos de que isso é realmente impressionante.
2. Utilize o teste “E…?”. Se o ouvinte não conseguir identificar o que você quer dele, ele começará a pensar: “E..? (ou seja, “o que estou fazendo aqui?”). Isso implica em eliminar o supérfluo: seus interlocutores querem saber quem faz o quê, por quanto tempo e que resultados isso trará.
3. Evite jargões, acrônimos e expressões da moda. Para algumas pessoas, jargões e acrônimos são abreviações. Mas você tem certeza de que seu público-alvo os entende e sabe do que você está falando? Se não tiver certeza de que seu público conhece os termos que você está usando, explique-os na primeira vez que os mencionar (ainda mais se estivermos falando de acrônimos que vêm de outro idioma) e, em seguida, siga o restante do seu discurso com o acrônimo.

Por exemplo, digamos que você esteja falando sobre KPI’s. Você teria de articular seu pitch da seguinte forma: “Os KPIs, que em inglês significa indicadores-chave de desempenho, nos indicam…”.

Quanto às expressões da moda, aplica-se o mesmo que dissemos sobre adjetivos. Em vez de “nosso projeto criará um aplicativo de ponta, dinâmico e disruptivo que revolucionará o mundo”, seu interlocutor entenderá muito melhor algo como “lançaremos um aplicativo que permitirá (explicação do que ele faz)”. É muito mais claro e você deixa o ouvinte livre para julgar o quão inovador, dinâmico e revolucionário ele é.

1. Use frases com uma estrutura simples: sujeito (de quem ou do que você está falando) - verbo (o que ele faz) - predicado (sobre quem ou o que ele age). Isso tem uma dupla vantagem, pois deixa as coisas claras, sem espaço para mal-entendidos, e também te força a usar menos palavras.

É isso! Tudo pronto para escrever seu pitch, que, graças a essas regras, será claro, conciso e facilmente compreendido por aqueles que irão escutá-lo. E ainda nem mencionamos a vantagem para você: será muito mais fácil aprender os pontos principais e você poderá apresentá-lo de forma natural, pois a estrutura estará bem estabelecida.
Fonte: Inc.com, da conta de X de Alex Garcia.